"Li em algum lugar esses dias que a gente conhece mais alguém pelo jeito que ele vai embora, não pela maneira que chega. Tive que concordar. Afinal, quem chega tem sempre um sorrisinho, uma frase amiga, uma simpatia exagerada. Quem chega tenta maquiar defeitos, esconde os buracos, tampa as imperfeições. Quero mais é saber do caráter de quem vai no meio de lágrimas, gritos, pratos quebrados, brigas, bebidas, e juras de “eu nunca mais quero te ver”. É disso que eu quero saber.
Tenho de admitir que, no meio do caos todo, você se manteve você. Fui eu que quebrei. Despedacei. Achei que cê era super bonder, quando, no fundo, não passava de cola tenaz. Mas olha só: cê me rendeu meia dúzia de textos, compartilhamentos no Facebook, seguidores no Twitter, elogios até da minha mãe.
Por isso, vai. Vai com Deus e vai com calma. Numa boa. Tá tranquilo. Pode ir sem nem olhar pra trás, que aqui eu trato de me remendar. De novo e de novo e de novo, quantas vezes precisar."
Fragmento do texto "Numa Boa" de Karine Rosa no Blog Depois dos Quinze.
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